segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Jardim Das Folhas Sagradas COMPLETO










Atabaque Nzinga


                                          





                                           
Documentário musical sobre a Cultura Afro Brasileira, cuja estrutura narrativa se traduz por um jogo de búzios, onde nossa protagonista Ana (Taís Araújo) chega atraída pelo "chamado do tambor" em busca de seu auto- conhecimento e seu caminho. Pela estrada da percussão nas locações de Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, Ana encontra diferentes ritmos, grupos musicais e coreográficos, experienciando sua integração na sociedade brasileira. O material filmado em Angola, África, onde no séc. XVII viveu e reinou a Rainha Nzinga, guerreira famosa, cujo nome serve de batismo à protagonista do filme, é uma referência e ilustra o        passado da   história do negro no Brasil.

                                             

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Agenda para Dezembro de 2012

  
Parabéns ao Herdeiro Wender Filho pelo seu aniversário dia 08 de dezembro, estaremos recebendo os amigos íntimos e filhos em nossa residência para apagar as velinhas e comer um bolo com refrigerante. 

A partir do dia 11 chega em Cuiabá para realizar a festa de Oxum de nosso irmão Babalorisá Bosco de Xangô o nosso Pai Edson de Odé e Mãe Nair de Oyá, realizando também obrigação na casa de Ogum, portanto no mês de dezembro não haverá toque de catiços agendado, salvo em ocasião especial a ser definida. Qualquer dúvida ligue.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A Religião do Outro

"A religião do outro

Sempre que posso, evito ver as coisas do aqui e agora de forma fotografada pelo próprio braço esticado, algo tão em moda, mas tão bizarro. Muitas vezes, contrario o imediatismo e o ditado da hora. Assim, ao invés de olhar para frente, olho para trás.

Há dias, um acadêmico enviou-me um texto, que – segundo ele – ia ao encontro de críticas que expus numa aula sobre nossa liter...
atura nos tempos coloniais. A centralidade dos questionamentos referia-se à atuação do padre José de Anchieta, um jesuíta a serviço da catequese; esta em consonância com a expansão e exploração mercantilistas dos portugueses.

Como se sabe, aos católicos do séc. XVI, nossos índios eram vistos de forma semelhante de como os bárbaros haviam sido vistos pelos romanos na Idade Antiga. Por isso, Anchieta flechou o coração da cultura de algumas nações silvícolas. Suas flechas – envenenadas pelos preceitos, conceitos e preconceitos do catolicismo – foram diretas a práticas dos indígenas, destacadamente a antropofagia.

Anchieta, olvidando que ele próprio era um tipo de antropófago – pois, pela “hóstia sagrada”, alimentava-se do corpo e, pelo vinho, ele bebia o sangue de Cristo –, não entendia que a antropofagia também se tratava de um ritual, mas sem abstrações, sem simbologias. Entre indígenas, tudo era concreto. A carne e o sangue do outro eram verdadeiros, quentes. Pela antropofagia, cria-se revigorar a vida da comunidade.

Indago: há diferença de base para a crença entre a essência da antropofagia dos indígenas com a eucaristia dos europeus “civilizados”? Não! Mas a “incompreensão” do sacerdote fê-lo exorcizar a antropofagia, vista como obra do Guaixará: o Satanás.

Depois, muitas práticas religiosas, incluindo já as africanas, passaram a ser tidas como obras a serem exorcizadas. Nesse sentido, o último dos exorcismos está vindo pelas redes sociais de um determinado grupo empresarial, que contém uma Igreja Evangélica no rol de suas atividades.

Indignado como o título da telenovela – “Salve Jorge”/Globo –, que para muitos religiosos, em um pôster, já virou “Queima o Jorge”, o jornalismo daquela empresa – por meio da matéria “A influência espiritual de ‘Ogum’ nos lares evangélicos” – adverte seus universais “soldados”: “Sem que percebam e mesmo que não venerem ‘Ogum’, muitos lares evangélicos cederão espaços para que a entidade espiritual entre e trabalhe... O termo ‘salve’ denota saudação respeitosa. Ao ressoar no recinto ‘Salve Jorge’, muitos estarão saudando conscientemente o espírito...”

Na continuação da matéria é dito que, quando Jorge entrar, Deus sairá, pois este “...não divide o espaço com outro espírito”. Incrédulo como sou, se me contassem isso, eu não acreditaria. Mas eu li essa... no site da Igreja.

A despeito da explicitação da intolerância religiosa desses evangélicos, que não admitem a intolerância alheia, o mundo segue. E pelo menos a arte, com destaque à música, também tem lá suas flechas; muitas delas voando em sentido oposto às religiões. E para inquietação desses anchietas hodiernos, algumas das flechas vão ao cerne da questão: o mercado.

Nisso, Zeca Baleiro é exemplar, quando diz: “A banda cover do diabo// Acho que já tá por fora// O mercado tá de olho// É no som que Deus criou// Com trombetas distorcidas// E harpas envenenadas// Mundo inteiro vai pirar// Com o heavy metal do Senhor”.

Em suma, nesse mar de ignorâncias, interesses e intolerâncias, temo pelo dia em que, como na Irlanda do Norte, possamos ter o nosso Bloody Sunday. Detalhe: não temos U2 para cantar a tragédia.

*ROBERTO BOAVENTURA DA SILVA SÁ - dr. em Jornalismo/USP; prof. de Literatura/UFMT"

domingo, 4 de novembro de 2012

Agenda para Novembro de 2012

No dia 10 de novembro estaremos realizando um churrasco na Chácara para confraternização, a partir das 18 horas e seguindo o toque normal de catiços da casa com a presença de seu Zé Pretinho. Confirmar presença com antecedência. Grande abraço a todos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cantigas de Xirê de Oxalá

ÒÒSÀÁLÁ

E rìn lè wá (Sua energia se aproxima de nós)
A ba wá okàn (Ela vem de encontro ao nosso coração)
E lè dùn se ìpadé siré (Sua energia torna a nossa festa agradável)
Koró lè koró lè Bàbá Ifá (Bàbá Ifá, traga sua energia a este lugar)

Be wi rò ko Ájàlá (Oxalá, suplicamos que venha nos trazer a paz)
Bàbá o ké di am-nó re ki Ájàlá (Pai Supremo, saudamos a sua misericórdia, saudamos Oxalá)
Be wi ro ko (Suplicamos que venha nos trazer a paz)

A jagun ná (Ele é o primeiro de todos os guerreiros)
A jagun ná Bàbá o (O Pai é o primeiro de todos os guereiros)
A jagun ná (Ele é o primeiro de todos os guerreiros)
Elemaxó Bàbá Olorogun (Ele é o sacerdote supremo no Olorogun)
A jagun ná Bàbá o (O Pai é o primeiro de todos os guereiros)
Elemaxó Bàbá Òsògìnyón (Oxaguiã é Sacerdote supremo)

Òrisà rè wà (Orixá, venha até nós)
Mò rò Bàbá e ye (Pai, queremos sua paz em nossa vida)
Mò rò Bàbá nilè wá o (Pai, queremos que traga a sua paz à nossa casa)
Mò rò Bàbá ekún ayè (Pai, queremos que traga do céu a sua paz e sua espada)

Olorum a ki ba se o (Olorun é o nosso Criador, o saudamos e pedimos sua ajuda)
E Bàbá o ní (Ele é o Pai Todo Poderoso)
Olorun a ki ba se (Olorun é o nosso Criador, o saudamos e pedimos sua ajuda)




O fìlà álá e o (Cobrimos nossas cabeças com o Alá)
Ile Ile àwa (E a nossa casa de santo)
E Bàbá álá e o (Pai, cobrimo-nos com o Alá)
Ile Ile àwa (E a nossa casa de santo)

Olu o olu o (Ele é o Senhor, Ele é o Senhor)
O ní álá (Ele é o dono do alá)
E ní Bàbá jo Òsòginyón (Venha até nós Pai Oxaguiã)
E ní Bàbá jo Òsòlúfón (Venha até nós Pai Oxalufã)

Èrò Bàbá mi se ro (O amor do Pai está em mim)
Èrò mi Bàbá kojáde (Elevamos o pensamento ao nosso Pai)

E mi re mi re (Vós que sois de todos
Bàbá Olorum (Deus Pai)
Bàbá mo rí aba ódó (Os jovens e os idosos querem lhe encontrar)
Álá só rí àwa o (Estendemos o Alá para que, debaixo dele, sejamos abençoados)

Yò Onirè mi dé (Estamos satisfeitos com a boa sorte que nos dá)Bàbá mó duro (Pai, esperamos sua compreensão)

Aráiye Bàbá unje je (A *humanidade come da sua comida) (*comunidade espírita)
Bàbá mó rí o (Pai de sabedoria, venha nos encontrar)

Bàbá o ké e ye ba (Pai Supremo, cantamos pedindo sua ajuda para viver)
E ye ba lò ódó (Ajude-nos a viver com a alegria da juventude)

A Irè, A Irè Bàbá a Irè (Ele é o Pai Supremo de Irè)
A Irè Bàbá (Ele é o Pai Supremo de Irè)

Bàbá o dé òrún e (Pai, o seu céu nos encobre)
E Bàbá o dé Bàbá o dé e o (Pai, o vosso céu encobre a todos nós)

Ojo bo dí ojo álá e ojo (No dia de recebê-lo, cobrimo-nos com o Alá)
Ojo bi wá e (Ele vem com o nascer do dia)
Ojo bo dí ojo álá e ojo (No dia de recebê-lo, cobrimo-nos com o Alá)
Ojo bi wá e (Ele vem com o nascer do dia)
Wá Bàbá, Bàbá o (Ele é nosso ai, venha até nós Pai)
Ojo bo dí ojo álá e ojo (No dia de recebê-lo, cobrimo-nos com o Alá)

Là álá aráiye Bàbá wá lè kú e (Nós abrimos o Alá para que o Pai venha trazer o seu poder e nos revitalizar)
E Bàbá wá lè kú e (Pai, traga-nos o seu poder para nos revitalizar)
Álá o álá (Alá, o pano que dignifica os Orixás)
Orò álá (Nosso culto tem o Alá)
E ye Bàbá ba (Pai, acompanhe-nos durante a nossa vida)

Álá fùn kí kí àwa là (Abrimos o Alá para dar boas vindas)
Bàbá oun re (Ao Pai de Todos)

Òrisà òrè Òrisà òrè umbó (Orixá amigo, orixá amigo está chegando)
Álá adun re ajo (A proteção do Alá torna a nossa vida agradável)

Ájàlá wò rí wò rí mò yo (Curvamo-nos diante de Oxalá, curvamo-nos e ficamos felizes com sua sabedoria)
Álá wò rín kan (Curvamo-nos no Alá que é único)
E áwo firin mi (Durante o culto, caminhamos embaixo dele)

Ópelé ké dé (Mensageiro de Ifá, cantamos em sua homenagem)
Ópelé ké dé Bàbá (Mensageiro de Ifá, cantamos em sua homenagem, Pai)
Ki ba oníbará kó ìyìn jé ní a (Somos seus clientes. O saudamos pela ajuda que nos dá)

Èkó ké dé o (cantamos para que nos cubra com sua sabedoria)
Álá te lè o (Curvamo-nos embaixo do Alá para recebermos suas bênçãos)

Àwa Bàbá (Nosso Pai)
Ki ile wá o (O cumprimentamos para que venha à nossa casa)
Òrisà ile rè wá (Orixá, venha à nossa casa)
Àwa Bàbá lè bò ayè (Nosso Pai do céu, cubra-nos com seu poder)

Aso funfun àwa bí (Nascemos cobertos de branco)
Àlá funfun dé Òrìsànlà (O alá branco de Oxalá nos encobre)
Ála ye Ájàlá o (O Alá de Oxalá nos dá a vida)
Àlá funfun dé Òrìsànlà (O alá branco de Oxalá nos encobre)

Ebo Bàbá ebo unjé wá (Venha comer Pai)
Òrìsànlá bori o (Oxalá no bori)
Ebo (canjica de Oxalá)
Bàbá bori o (O Pai no bori)
Ebo
Òòsáálá bori o (Oxalá no bori)
Ebo
Bàbá ebo (Canjica do Pai)
Unjé wá (venha comer)


E iráwó (Ele é uma estrela)
Ki Bàbá o ògá (Saudamos o Pai Supremo)
E iráwó (Ele é uma estrela)
Ki Bàbá o ògá (Saudamos o Pai Supremo)
E te dun se ba dé siré (Nos curvamos ao criador que nos protege nesta festa aos Orixás)
Kó rò lè, Kó rò lè (Nos abençoe com sua paz, nos abençoe com sua paz)
Bàbá Ifá Kó rò lè, Kó rò lè (Pai Ifá, nos abençoe com sua paz, nos abençoe com sua paz)
Bàbá Ifá sehin bá dé siré (Pai Ifá que sempre nos protege nas festas que fazemos em homenagem aos Orixás)
Kó rò lè, Kó rò lè (Nos abençoe com sua paz, nos abençoe com sua paz)
Bàbá Ifá Kó rò lè, Kó rò lè (Pai Ifá, nos abençoe com sua paz, nos abençoe com sua
Paz)

Òrisá Bàbá (Orixá Pai)
Òrisá beni o (Orixá, nos favoreça)
Orisá Bàbá olu a mi (Orixá nosso Pai e Senhor)
Òrisá beni o (Orixá, nos favoreça)
Òrisá Bàbá Ajagunan

Ori o (Ele no ori)
O ni rò dí dé (Ele vem e nos traz a paz que nos envolve)
E lè jùbeelo (Seu poder está acima de tudo)
Bàbá e lè jùbeelo (O poder do Pai está acima de tudo)

E e bo ri o (Ele no bori)
E mò yìn ba (Louvamos sua sabedoria e sua ajuda)
E mò Yìn Ijesá (Louvamos sua sabedoria e tocamos ijexá para vós)
E ro mi Bàbá kojáde (Pai que está no céu, traga-nos a sua paz)

Òfurufúru rè mi rìn ila Bàbá (Caminhamos sob o firmamento que é a casa do Pai)
Bàbá ké rìn elemi (Pai, cantamos para saúda-lo. Vosso poder nos desperta a vida)
Ilé Ifá e mojú wá Bàbá (Pai de Sabedoria, venha à nossa casa)
Àwa bó Yìn e mojúbà o (Nós o adoramos e o glorificamos. Mojubá!)
Olu a mi (Meu Senhor!)
Elemaxó elemi bó (Elemaxó ilumine a nossa vida)
Elemaxó àwa ògá (Elemaxó é o chefe, venha até nós)

E lè Bàbá béérè (Pai, o saudamos e pedimos que nos abençoe)
E ma wá (Ele sempre nos atende)


Òfurufurú, Òfurufurú, Òfurufurú (O firmamento, o firmamento, o firmamento)
Bàbá o dé (Pai, nos proteja)

Olorum olówó e ké (Cantamos para Olorum Olówó)
Ala-morerè, Ala-morerè o fe ki kún (Ala-morerè, Ala-morerè ele ama os mortais)
Ala-morerè, Ala-morerè e kú abò (Ala-morerè, Ala-morerè, seja bem vindo)

Bàbá ba di ile a tútú Pai, retorne com alegria à nossa casa para nos ajudar)
A tútú atori àkó lè gangan yanran (Em silêncio ele usa seu atori com muita bondade e justiça)
Bùnlaye ri kó (Permita que possamos aprender com sua presença)
Olorum olówó e ké (Cantamos para Olorum Olówó)

Oun siré ìgbín èkó roró (Em sua festa tocamos o ìgbín em respeito à sua sabedoria e austeridade)
Bàbá a fé aba akin ebo wá o (Pai que amamos! És idoso e valente! Venha ao nosso culto!)

Yágò mò dé n’gè ore (Nos dê licença para elogiar a sua generosidade em nos dar sabedoria)
Yágò mò (Por favor, ensine-nos)

Cantigas de Xirê de Yemanjá

IYEMONJÀ

Iyemonjá wá abó a yò (Venha Yemonjá nos trazer felicidade e amparo)
Iyemonjá wá abó a yò (Venha Yemonjá nos trazer felicidade e amparo)

Cantigas de Xirê de Oxum

ÒSÙN

Ye, ye, ye, ye,ye o (A elogiamos, elogiamos...)
Oro mi wá (Traga riqueza para nós)
Nù àse tori e fò (A força de suas águas lava e limpa tudo)
Yìn se kó-jùlo Iyagba o (Glorificamos a grande mãe que nos cria)
Oro mi wá (Traga riqueza para nós)
Nù àse tori e fò (A força de suas águas lava e limpa tudo)
A mu Ìyà mu ìyà (Ajude-nos mãe, ajude-nos mãe)
Ojá re e lè mò so tori e fò (Seu ojá a enfeita e representa seu poder de limpar tudo com as águas)

Cantigas de Xirê de Oyá

ÌYÁSAN
Oyiá Balé láàrin yò (Oyiá Balé ficamos felizes em tê-la entre nós)
Oyiá Balé
Àdá ma de pà ra gan bè hè (Pedimos que use seu facão para pegar e eliminar o mal definitivamente)

Cantigas de Xirê de Oxumarê

ÒSUNMARÈ
Arò bó bò Yí! (Neste dia que nasce lhe rendemos graças!)

Òsunmarè lelé mo rí Òsunmarè
Lelé mo rí rà ba ta (Oxumarê encontra-se andando no chão. É preciso saber encontrar Oxumare)
Lelé mo rí Òsunmaré (andando sobre o chão é preciso saber encontrar por que ela se esconde. Tenha cuidado por onde anda para não chuta-la (ou pisá-la)).

Ódí náà léwà (Ela é teimosa, mas também é bela).
Léwà léwà e (ela é bela, bela).
Ódí náà léwà (Ela é teimosa, mas também é bela)
Léwà léwà e (ela é bela, bela)

O bi òjò birí bò (Ele surge através de pequenas gotas de chuva)
O mió aráiye (Água doce que sustenta a humanidade)

Jô ma ndi o pe (Ele sempre vem quando o chamamos)
Jô ma ndi o pe (Ele sempre vem quando o chamamos)

E sìn a bebe ko e dìde (Nós adoramos sua dança e seu ato de ir ao chão e depois se levantar)
E sìn a bebe ko e dìde (Nós adoramos sua dança e seu ato de ir ao chão e depois se levantar)

O dí ma dí ma (Ele sempre foi, sempre foi)
Òsunmarè aidan (Oxumare sempre foi belo)

Ma sán rí ma sa ibó (O céu é um lugar de adoração)
E e e o fi-ko fi opè (Devemos olhá-lo com respeito e dar graças)
Arò bó bò yí! U nké lè sìn (Aróbò bò yi louvamos e cultuamos sua força)
A ni wère lókan (Vós sois um jovem bravo!)

Àwa e kó oribande (traga para nós a boa sorte)
E hàn oribande (A sua presença nos traz a boa sorte)

Àwa bí a ma gbo ji bè (A cada dia que despertamos damos graças para que, assim como o dia que nasce, tenhamos também nossas vidas renovadas).
E ba kú èwe lè (a cada dia que nasce, nossas vidas possam ser renovadas com a sua força)

Arò bó bò yí!
A bo mojúbà a wù rí ko kun (Nós o adoramos! Mojubá! Nós o reverendamos quando vemos o arco-íris)
A ro lè (Nele encontramos sua força)

A lè a lè a pà ra dà (Seu poder e sua força o permite ficar invisível)
A lè a lè apà ra o (Ele pode estar caminhando ao nosso lado sem que possamos vê-lo)

Wù lè ké wá o jó rí o (Cantamos para louvar sua força e agrada-lo. Venha dançar para que possamos vê-lo)
Wé wé ké (Rola, rola e dança)
Wá o jó rí o (Vem dançar para que possamos vê-lo)

Ké ké dá lè mi ìran lê wá (Cantamos, cantamos para que traga sua força até nós que somos sua família)
Ké ké dá lè mi ìran lê wá (Cantamos, cantamos para que traga sua força até nós que somos sua família)

Òsunmaré lè lê ma rì (Òsunmaré é poderoso)
Lè lê ma húwà ara ká (Ele pode enrolar o corpo com seu poder)
Lè lê ma rè Òsunmaré (Você é poderoso Òsunmaré)
Ko bé jijó (pedimos que dance indo até o chão)
Òsunmaré ko bé jijó (Òsunmaré, pedimos que dance indo até o chão)
Ara ká ko bé jijó (Pedimos que dance em torno de si mesma indo até o chão)

Lesse Orisà (Somos filhos de Orixá)
Lesse ko ma fò (Os filhos de Orixá mantém o chão sempre lavado)
Sá ro ho (Para que você possa dançar no chão e não se ferir)
Lesse Orisà (Somos filhos de Orixá)
Lesse ko ma fò (Os filhos de Orixá mantém o chão sempre lavado)
Sá ro ho (Para que você possa dançar no chão e não se ferir)

Òsunmaré ló ké rè Òsunmaré (Òsunmaré, cantamos para sua despedida
O ló ké rè (Cantamos para ele se despedir)

Òsunmaré se umbó (Òsunmaré está presente)
Se umbó (Está presente)
O se umbó (Ele está presente)

Wá là koró léhìn ni (Ele está escondido, venha para este lugar)
Wá là koró léhìn ni (Ele está escondido, venha para este lugar)

Òsunmaré ní fe run dá dán (Òsunmaré é uma luz brilhante que gostamos de ter)
Ní fé run dá dán (É uma luz brilhante que gostamos de ter)

O ba hàn si o kun (Mostre seu arco-íris e venha nos ajudar)
Àlejò, Àlejò (Venha nos visitar, venha nos visitar)
O ba hàn si o kun (Mostre seu arco-íris e venha nos ajudar)
Ba hàn, ba hàn si o kun (Mostre seu arco-íris e venha nos ajudar)
Suré, e suré (Nos abençoe, nos abençoe)
Ba hàn, ba hàn si o kun (Mostre seu arco-íris e venha nos ajudar)

Arò bó bò yí! Aké lè sí (Arò bó bò yí! Ele tem um machado para nos proteger)
O hun jé lè iko kun (Sua palha da costa é colorida (as cores representam seu poder)
U Vodun nos adó dé (Ele é Orixá e nos abençoa com adó (comida feita com pipoca e azeite doce)
Arò bó bò yí! Aké lè sí e u jé lè Vodun jé (Arò bó bò yí! Ele tem um machado para nos proteger e nos curvamos ao poder que tem esse Orixá)

E ara ká ló bó ro (Vosso corpo vai se enrolando até o chão)
Àwa dé wò (Nos curvamos para que nos abençoe)
Òsunmarè àwa dé wó (Osunmarè enrola o corpo e vai até o chão)
Vodun àwa dé wò (Curvamo-nos a este Orixá para que nos abençoe)
Òsunmarè o (Ele é Òsunmarè)

A ma rà ka lódódun (Uma vez ao ano nos curvamos)
Àtà te lówó (Na cumieira pedindo fartura para o ano todo)
Òsunmarè o (Para Òsunmarè)
A ma rà ka lódódun (Uma vez ao ano nos curvamos)
Àtà te lówó (Na cumieira pedindo fartura para o ano todo)
Òsunmarè o (Para Òsunmarè)

Òòni se wá (Orixá Rei da nação Yorubá venha nos ajudar)
Òòni se wá (Orixá Rei da nação Yorubá venha nos ajudar)
O dá bo (O Senhor nos orienta e nos ajuda)
Ajelé lù wè (Governador, venha nos consagrar)
Òrisà ta bè lò (Pedimos que nos ilumine)
Vodun tata un dé (Orixá chefe, cubra-nos)

E dan, dan, dan (Ele é uma serpente, serpente, serpente)
Jó árin da ji dan (Ele é uma serpente criada e dança e torno do asè)

Cantigas de Xirê de Nanã

NÀNÁ

Yìn Nàná yò (Nanã fica feliz ao ser glorificada)
O lù obó (Tocamos para homenageá-la)
Nana Yò (Nana fica feliz)
Yìn Nàná yò (Nanã fica feliz ao ser glorificada)
O lù obó (Tocamos para homenageá-la)
Nàná Yò (Nàná fica feliz)

O ko lodò sìn sa lè wá (Ela está na terra úmida do rio. Traga seu poder até nós)
A rìn kú ma oun rè (Para todos nós que caminhamos sempre em direção à morte)
O ko lodò sìn sa lè wá (Ela está na terra úmida do rio. Traga seu poder até nós)
A rìn kú ma oun rè (Para todos nós que caminhamos sempre em direção à morte)

Sa là wá jo (Cantamos para que venha rogar por nós)
Olu wò kú ké wá jo (Curvamo-nos e clamamos Senhora para que venha nos proteger da morte)
Sa là wá jo (Cantamos para que venha rogar por nós)
Olu wò kú ké wá jo (Curvamo-nos e clamamos Senhora para que venha nos proteger da morte)
Oloré (Nossa benfeitora)

Eni ko ri bobò (Veja todos que estão na esteira)
Ki àwa lè Omo nilè ko rá ajo (Nós, os filhos desta casa saudamos sua presença e seu poder neste lugar e em nossas vidas até o fim)
Nàná Yìn kú re Omo nilè ko rá àjo (Os filhos desta casa pedem à Nana que nos ajude em nossa jornada até depois da morte)
Ko rá jo, ko rá jo (Em nossa jornada até o fim da vida)
O fé le lè (Seu amor e seu poder são capazes de nos acompanhar até depois da morte)
Nàná kú ré (Nos ajude Nana até depois da morte)
Omo nilè ko rá àjo (Os filhos da casa pedem sua ajuda até depois da morte)

O dí Nàná e wá léwà e (Nana, venha até nós com sua grandeza)
O dí Nàná e wá léwà e (Nana, venha até nós com sua grandeza)

E Nàná oluaye (Nana é a Senhora do mundo)
We pà pà (Proteja-nos da morte, morte)



A là yá jo olu ódo (Grande Senhora, a sua presença nos encoraja)
Ké wá jo (Cantamos para que se manifeste)

Abi ma ma kú ma ka ode oribande (Do nascimento até à morte estás ao nosso lado e em qualquer caminho nos trazendo sorte)
Abi ma ma kú ma ka ode oribande (Do nascimento até à morte estás ao nosso lado e em qualquer caminho nos trazendo sorte)

Àwa o lò bí ma a yo olokó (Podemos sempre fazer uso de sua lança para obter felicidade)
Nàná yò (Nanã nos traz felicidade)

Nàná yiá ko lodò (Nanã é a Senhora do solo úmido)
Nàná Òrisà (Nanã é Orixá)
Nàná e Nàná yò (Nanã nos traz felicidade, Nanã)
Nàná yiá ko lodò Nàná é a enhora do solo úmido)

O dí Nàná Yò (Nanã nos traz felicidade)
Obìnrin sá sá o lódè (Ela é a Senhora que vive onde a terra é úmida. A convidamos para que entre)
Obìnrin sá sá (Convidamos a Senhora, a convidamos)
O dí Nàná Yò (Nanã nos traz felicidade)
Nàná yò olu odò se se (Nanã nos traz felicidade. Ela é a Senhora do rio e da criação)

Ibiri odara ódo se àwa rè (O Ibiri é ornamento que ela carrega sempre para fazer o bem)
Nàná olu odò (Nanã é a Senhora do rio)
Olu ase Yìn se yìn (Saudamos a força desta Senhora)

Ibiri odara ódo se àwa rè (O Ibiri é o ornamento que ela carrega sempre para fazer o bem)
Ko mò rè dìde (Venha de sua morada nos abençoar com seu conhecimento)
Ibiri odara ódo se àwa rè (O Ibiri é o ornamento que ela carrega sempre para fazer o
Nàná olu aye (Nanã é a Senhora do rio)

A yìn saalare (Saudamos Nanã)
A ikú wò lò se (Curvamo-nos a ela que nos ajuda até a hora da morte)
A yìn saalare (Saudamos Nanã)
A ikú wò lò se (Curvamo-nos a ela que nos ajuda até a hora da morte)

O yiá wá ore o ni a yiá lodè (Sua presença é uma dádiva. Grande Senhora que vive nas terras úmidas)

Ni odún ké dá tí ba bá rè ibó ni-ori ma (Cantamos alto para que nosso clamor seja ouvido neste momento em seu reino que está muito acima de nós)Lodè domi ibó Yìn ibò (Saudamos o seu reino que sta onde a terra é úmida)
O ní se saalare se yiá lodè ilú yìn (Glorificamos Nanã, a Senhora, que nos dá o sopro da vida e que vive nas terras úmidas)

E Nàná e wá o (Nanã, faça-se presente
O bá là olá òsè se (Para acompanhar nosso culto com a sua força de criação)

Cantigas de Xirê de Omolu

OMOLU
Wá to to a jú gbé rò! (Ele é o médico que vem nos acudir)

Dagò lu nà ke wa Saworo (Dê-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda)
Dagò lelé (Pedimos licença humildemente)
Dagò lu nà ke wa Saworo (Dê-nos licença para tocar o Saworo para que nos acuda)
Dagò lelé (Pedimos licença humildemente)
Omolu a fá rà we we (Omolu, abençoe as nossas cabeças raspadas e nos livre das doenças)
Fá rà fá rà fá ro (Cobre nossas cabeças raspadas e abençoadas por vós)
Ji ja Pepe (Venha abençoar nossa altar com sua presença)
E lò obi wa re ((Venha cortar o Obi que proteje a nossa existência)
Tori bóri (Por isso fizemos o bori)
Ji já Pepe

Ori Je nà Pà ba (Aquele que dá vida e saúde às nossas cabeças também pode nos castigar com a morte)
O sí e to bò wa lè (Nós te adoramos até a hora da morte pois vós nos acompanha até depois dela)
Ori Je nà Pà ba (Aquele que dá vida e saúde às nossas cabeças também pode nos castigar com a morte)
O sí e to bò wa lè (Nós te adoramos até a hora da morte pois vós nos acompanha até depois dela)

E ké rè nù bé ké rè (Clamamos a vós que nos purifica, clamamos por vós)
E ké rè nù bé ké rè (Clamamos a vós que nos purifica, clamamos por vós)

E àgò Òmolu já e e lè ní wa bèrè ko (Omolu nos de licença para invocarmos sua força que vem da terra, de onde viemos e para onde iremos)
E lè ní wa Omolu já e lè ní wa bè rè ko (Omolu, vosso poder vem da terra. Dela viemos e para ela voltaremos)

Lá o pè rè ní sò dá (Temos em nós a gratidão por ti que nos criastes. Nos purifique)
Èjó e sò èjó (Descarregue-nos e nos livre das doenças)

E ba aìsan ní mora e (Esteja junto de nós e nos ajude quando estivermos doentes)
Já ba to là ba rè awa (Esperamos por sua ajuda nesta nossa luta)

Omolu bé wa rà e Omolu bé wa rà o (Omolu, pedimos que venha nos ajudar nesse início de caminhada)
Omolu bé wa rà e Omolu bé wa rà o bò bò (Omolu, pedimos que venha nos ajudar nesse início de caminhada. Salve-nos, salve-nos)

E ága ké ba ìwà ága ke ba ìwà (Do seu trono respeitoso e humilde ouve nossos lamentos e nos ajude)
E ko lè ko lè saworo (Seu poder é a terra e o saworo a nossa humildade e respeito para convosco)

Já bè lè ké ajo o fàiyakò (O seu abraço e sua força nos ajuda e nos protege em nossa jornada)
Àwa ní ko ajo (Na nossa jornada pela Terra)

A dí dà bò loná bè wa asa o orò (Nós o adoramos no tempo e pedimos de novo que venha, como sempre, ao nosso oro)
Àgò ile ìlera bo loná (Nós pedimos licença para louvá-lo dentro da nossa casa para que nos socorra)
Bè wa asa o orò (Pedimos que venha ao nosso oro)


O a jerí loná (Venha com seu capuz de palha ajudar-nos em nosso culto
Lódè ba yò a como médico, para que possamos viver felizes)
Ódo bàbá
A we ba bè ba yò áwa dokítà

Onílè wà (O Senhor da terra está entre nós que cultuamos Orixá. Agradecemos
Lèsé Òrisá felizes pelo Senhor da terra estar entre nós que cultuamos Orixá.
Opé ire Agradecemos felizes. Em sua pequena cabaça traz remédios para livrar-
Onilè wà nos das doenças).
Lèsé Òrisá
Onilè wà
Kòlòbó

E kolòbó e kolòbó simi, simi, simi, simi (Nós respeitamos a terra que serve para o descanso, descanso, descanso, descanso)
E kolòbó e kolòbó simi, simi, simi, simi (Nós respeitamos a terra que serve para o descanso, descanso, descanso, descanso)
Kolòbó (Adoramos a terra e a usamos com respeito)

Omolu aráiye ba jeun ba ekó (Omolu, ajude a humanidade (filhos de santo) que se alimentam com ekó)
Òní e Omolu ba jeun ba ekó (Omolu, ajude a quem (filhos de santo) se alimenta com ekó)

Aloré be we gbérè mí daiyàfò (Omolu que cobre a cabeça por causa de sua
Hù je Omolu tà bòwále bòwále bòwále intensa luz, pedimos ajuda para que nos
Mí ba ila wo sustente nessa vida. Nos curvamos
em respeito
O je kia wéré a vós e pedimos que venha até nós
receber as oferendas que lhe dedicamos).

Omolu pè olóre a wù rè a kú abò (Omolu, seja bem vindo! Nosso benfeitor! O chamamos para agradá-lo!) Ja npènpè e lò gbé wà layè_(O chamamos para que use suas folhas medicinais para nos socorrer nesta vida)
Tó ní gbón mì o (Para o senhor, tocamos o adja o tempo que for preciso)
Ja npènpè_Omolú wà layè (Omolu, o chamamos para que use suas folhas medicinais para nos socorrer nesta vida)
Tó ní gbón mì o (Para o senhor, tocamos o adja o tempo que for preciso)

Kóró nló áwo, kóró nló áwo se o gbé je (estamos indo ao culto, estamos indo ao culto para receber sua ajuda)Kóró nló áwo, kóró nló áwo se o gbé je (estamos indo ao culto, estamos indo ao culto para receber sua ajuda) O àtà lábé o ko rí (Ele fica embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)
O kilò fun àtà lábé o ko ri (De lá ele nos avisa dos perigos, embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)
Abe mi lorí bè ri onilé oluayè (Dono da terra, Senhor do mundo que está acima de nós)
O àtà lábé o ko rí (Ele fica embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)
Lo ní aló ìyìn gè ni a (Hoje, nossas mãos estão postas em seu louvor)
Aja kunlowo ìyìn gè ni a (O Adja nos ajuda a louvá-lo)
O àtà lábé o ko rí (Ele fica embaixo da cumieira, na terra, que é de onde ele nos assiste)

Ajunsun, aráiye lorí Ìyìn gè ni a (Ajunsun, vós que estais acima de nós. Te louvamos e reconhecemos seu valor)
Ewá kalo (Sua luz nos guia)
Sakpata, ewá kalo (Sakpata, sua luz nos guia)
Ìyìn gè ni a (Nós reconhecemos seu valor e o louvamos)
A ìyìn gè ni a ágo ìyìn gè ni a (A humanidade o elogia e o louva. Nós o louvamos e o elogiamos)
A kalo a Ìyìn gè ni a (Nós reconhecemos seu valor e o louvamos. Caminhamos com sua luz)

Ago nile ní lè ma dagò (A humanidade lhe pede licença pelo seu poder)
Sakpata, Ajunsun ma dagò (Sempre pedimos licença para Sakpata e Ajunsun)
Ago ní lè ma dagò (A humanidade lhe pede licença pelo seu poder)

Gbé lè iko o àtà lábé o ko rí (Pelo seu poder, colocamos a decisa em baixo da cumieira, na terra, para receber sua ajuda)
Gbé lè iko o àtà lábé o ko rí (Pelo seu poder, colocamos a decisa em baixo da cumieira, na terra, para receber sua ajuda)
We lè iko sa là sa là re o ní (Sua cabeça é coberta com palha para ofuscar a sua luz e seus mistérios por isso ela não pode ser aberta)
We lè iko sa là sa là re o ní (Sua cabeça é coberta com palha para ofuscar a sua luz por isso ela não pode ser aberta)
O ìyìn gè ni a pàdé o ló ri pà (Nós o louvamos e bendizemos juntos para que afaste de nós a morte)
O ìyìn gè ni a pàdé o yò ló ri pà (Nós o louvamos e bendizemos juntos com nossa alegria, para que afaste de nós a morte)

Opè ma díjo père ké se (Sempre cantamos alto e juntos somente para agradecer)
Ma díjo hàn ma díjo pè (Sempre juntos nos manifestamos, sempre juntos o chamamos)
Opè ma díjo père ké se (Sempre cantamos alto e juntos somente para agradecer
Ma díjo hàn ma díjo pè (Sempre juntos nos manifestamos, sempre juntos o chamamos)
Do hàn a do hàn a yèpè (Juntos nos manifestamos para vós, juntos nos manifestamos para vós, na terra)

Bè lè iko sa láré o kórin (Cantamos para que sua poderosa luz que sua palha esconde, nos ajude)
Bè lè iko sa láré o kórin (Cantamos para que sua poderosa luz que sua palha esconde, nos ajude)



Omolu ki bè hù já (Omolu, o cumprimentamos e pedimos uma boa colheita)
O lò gbo sè a jeum bó (Nós cozinhamos e nos alimentamos com fé em ti)
O lò gbo sè a jeum bó (Nós cozinhamos e nos alimentamos com fé em ti)
O lò gbo sè a jeum bó ro e (Nós cozinhamos e nos alimentamos com fé em ti que nos tranquiliza)

O ìyìn gè ni a Baba sí e bò ale (Nós o louvamos e o glorificamos Pai das doenças contagiosas. Nós o adoramos e o recebemos).
O ìyìn gè ni a Baba sí e bò ale (Nós o louvamos e o glorificamos Pai das doenças contagiosas. Nós o adoramos e o recebemos).

Umbó àlejò (As visitas estão chegando)
E jò àlejò (Eles dançam para vós)
E jò àlejò (Eles dançam para vós)
Áfaradà lè jé hù lelé (Esperando resignados que o seu poder que está embaixo da cumieira possa beneficia-los)

Omolú to lè kè eran ènia (Omolu, clamamos para que seu poder atue em nossos corpos)
E rò e rò ékun (estamos de joelhos para que nos cure)

O ni e mò ri ba mejá ké (Clamamos por vós para que venha nos ajudar com sua luz brilhante)
Olodè ayè mò ri ba mejá ké ké (Senhor que está onde o céu alcança (do lado de fora), clamamos que venha nos ajudar com sua luz brilhante)
Obalúwàiyé mò ri ba mejá (Obaluae venha nos ajudar com sua luz brilhante)
Ké ké olodè ayè (Clamamos, clamamos Senhor que está onde o céu alcança (do lado de fora)

Akan ki fá bó a (Cumprimentamos e adoramos vossa luz que chega até nós pouco a pouco)
Akan ki fá bó a o (Cumprimentamos e adoramos vossa luz que chega até nós pouco a pouco)

Ki nibí fá rò fá rò ti (Louvamos neste lugar, o médico que, resignado, sempre nos atendeu)
Ki ní bi fá rò áfaradà (Louvamos o médico que sempre nos atende com resignação)
O ki ní pokó (O que tem no seu copo feito de casca de coco)
O ní e (Dá para todos)
Ki nibí wa áfaradà (Sua resignação é digna de louvor nesta casa)

Omolú to lè kúnlè rò e lò lò ékun (Omolu, aguardamos de joelhos o seu poder para sermos abençoados por vós)
Omolú to lè kúnlè rò e lò lò ékun (Omolu, aguardamos de joelhos o seu poder para sermos abençoados por vós)
Omolú to lè kúnlè rò e lò lò ékun (Omolu, aguardamos de joelhos o seu poder para sermos abençoados por vós)

Ni a lò ìyìn gè ni a (è para vós os nossos louvores)
Aja ko to lò ìyìn gè ni a oluayè (Tocamos o adja o tempo que for necessário para louvar e glorificar o “dono do mundo”)
O ata lábé o ko rí (Glorificamos sua força e colocamos a decisa embaixo da cumieira em sua homenagem para que venha nos ajudar)
Béèni ko rí bè rí o ni je oluayè (Molhamos a terra para ver brotar o nosso alimento que vem com as bênçãos do “dono do mundo”)
O àtè lábé o ko rí (Colocamos a decisa embaixo da cumieira em sua homenagem e para que venha nos ajudar)

Hù lò hù lò (Usamos os frutos que a terra dá. Usamos os frutos que a terra dá.)
Onilé bè lè bè ko o (Dono da terra pedimos que sua força mantenha a nossa terra sempre fértil)

Cantigas de Xirê de Ossaim

ÒSÁNYIN

Pèrègún a lá we titun o (As folhas frescas do Peregun devem ser manuseadas com respeito)Pèrègún a lá we titun o (As folhas frescas do Peregun devem ser manuseadas com respeito)Gbogbo pèrègún a lá we lessé (Os filhos de santo respeitam as folhas frescas do peregun) À àjá lé o pèrègún lá to ni o (Tocamos o adja em homenagem ao peregun que tem um grande poder)Ewè pèrègún lá to ni o (as folhas do Peregun tem um grande poder)A n’sé irúnmolè a ewè àjè bi imolè (Das folhas do peregun nasceu uma mulher encantada que dá, a essa folha, todo o poder da natureza) A ewè kí a jé (Nós saudamos suas folhas)A wá ku rò yá wá lorí òkun Ela leva os espíritos da escuridão para outro lugar além do mar)Pèrègún lá to ni o (O Peregun tem um grande poder)
Abebe ni bó wá (Venha com seu grande leque)
Abebe ni bó (Com seu grande leque)
E abebe (Seu leque)
Abebe ni bó wá (Venha com seu grande leque)
Abebe ni bó (Com seu grande leque)

Àtá koró ojú ewè (Veja que a cumieira está com as suas folhas)
Àtá koró ojú ododún (Veja que uma vez por ano colocamos suas folhas na cumieira)
Àtá koró ojú ewè (Veja que a cumieira está com as suas folhas)
A lelé koró ojú ododún (Veja que anualmente cobrimos o chão com suas folhas)

Àwa orò sìn ma (Nosso culto sempre homenageia)
Ódó ro dun (A presença agradável e doce desse jovem)
Òpeèré Òsányin èhin si búkun rù ide ará ká (O pássaro de prata de Ossanhe voa de costas e ela o traz na cabeça. Bendizemos esse espírito que abençoa a colheita de frutas)

Sawo òpeèré (Veja! O pássaro!)
Òpeèré ni o pé were (Encontramos o pássaro e o anão)
Sawo òpeèré (Veja! O pássaro!)
Opé ni o pé sàn gò (à sua presença devemos demonstrar gratidão)

Mò njá ewè pé mò só (Para pegar as folhas temos que encontrar quem toma conta delas)
Mò njá ewè pé mò só rò (Para pegar as folhas temos que encontrar e acalmar quem toma conta delas)
E pín ló pé mi (Usamos as folhas que encontramos para remédio)
E pín ló Yia mi (Nossa mãe quem nos ensinou a usar)

Cantigas de Xirê de Odé

OSÓÒSI
Oke, Odè ko ké ma wo! (Salve o Rei que é aquele que fala mais alto!)

Farahàn rere Fibó (Osóòsi Fibó venha nos cobrir com sua bondade)
Ode Fibó farahàn lewa kosè (Oxossi, encubra-nos com sua bondade e beleza, amém)
Omo ode (Filho do caçador)

Olu wó kí rí bodè (Cumprimentamos o Senhor Caçador)
Olu wó kí rí bodè (Cumprimentamos o Senhor Caçador)
Àwa ní sa Omo odé (Venha até nós Filho do Caçador)
Ode onise wá (Venha Grande Caçador)

E aráiye (Nós, filhos de santo)
Ode aréré òkè (O saudamos)
E Òrisà elo (Ele vem com o vento)
E oun Ofà Akueran (Akueran é um caçador)

Omo ode Ode Ìroko (Filho do caçador, Oxossi Iroko)
E oun Ofà Akueran (Akueran é um caçador)
E o sí bodè. E o sí bodè (Nós o saudamos)
Arolè o sí bodè e o sí bodè (Nós o saudamos. Nós o saudamos)
E o sí bodè (Nós o saudamos)

Olu o kí rí kí rí bodè (Queremos encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
Kí rí kí rí bodè (Encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
Kí já kí já wá rà dé ode yò màa (Queremos cumprimentar quem sempre nos ajuda. Ficamos felizes sempre com sua presença)
Sálo kí ri (Queremos encontra-lo para cumprimenta-lo)
Wá si lò ko (Venha para esta terra que é sua)

Elo ké re odè àárò lè ló ké re (Pela manhã clamamos pelo caçador para que nos proteja com o seu poder)
Ode àárò lè ló gbèjà lè ló gbèjà (Pela manhã clamamos para que o caçador use seu poder para nos defender)

Olu o kí rí kí rí bodè (Queremos encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
Kí rí kí rí bodè (Encontrar e cumprimentar o Sr. Caçador)
O wá nibó oro odè (O Caçador vem com o vento)
O ké odara sálo gbé rà (O chamamos para que venha nos ajudar para que fiquemos bem)





Omo odè se rere Ìrokò (Iroko, filho de caçador, só faz o bem)
Se rere wá lò Ibo (Ibo, venha fazer o bem em nosso altar)
Onise wá ra e odè Aréré Lokuere (Venha até nós grande caçador)
Omo odè se rere Ìrokò (Iroko, filho de caçador, só faz o bem)
Se rere wá lò Ibo (Ibo, venha fazer o bem em nosso altar)


Ará wá won ní je kí ofà rè won (O cumprimentamos Senhor da caça. Traga para nós o alimento)
Ofà rè ye je ní won (Sua caça nos alimenta e nos dá vida)
Ago ofà ní won, a arò ilè ko de wa jo ní gbo o ará wá (Os filhos de santo batem o Arò para que o caçador venha se manifestar em nossa casa)
Won ní je kí ofà rè won (Agradecemos pela comida que nos dá)
Wá ní je ki ofà rè won (Senhor caçador, venha receber nossos agradecimentos pela comida que nos dá)

Oluaiyè a aréré (Rei caçador)
Oluaiyè a ago gbo (Rei caçador nós cremos em ti)
Oluaiyè aréré ago gbo (Rei caçador nós cremos em ti)

Oló dó bí ewè (Ele nasceu na mata)
Oló dó bí ewè bàbá (O pai gerou seu filho na mata)

Wá wá lè ko de Omo odè (Filho do caçador venha, venha mostrar seu poder nesta casa)
Wá wá lè ko de Omo odè (Filho do caçador venha, venha mostrar seu poder nesta casa)

E ati rè okè ní lè imoye (O Senhor caçador tem poder e sabedoria)
E ati rè okè ní lè imoye (O Senhor caçador tem poder e sabedoria)

O Dana-dana (Ele é Dana-Dana)
Ti sè eran odè O bom caçador que prepara a sua caça)
Kí rí kí rí bodè (Cumprimentamos ao encontrar o Sr. Caçador)
Odè ni o (Ele é um grande caçador)

O ní aráiye Ibo si (Ibo atende a todos nós)
O ní aráiye Ibo si ma lè ké o àjo (Ibo atende a todos nós. Podemos contar com seu poder por toda a nossa jornada)
Ibo si ma wé ki o àjo (Podemos contar com Ibo por toda a nossa jornada)



O ni aráiye odè aréré oké (Ele é, para todos, o Rei caçador)
Àwa ní ko de lò ke (Cantamos para ele que fala mais alto)
Odè a pà o eran (O caçador é quem mata a caça e traz a carne)
Àwa ní ko de lò ke (Cantamos para ele que fala mais alto)
Odè a pà o eran (O caçador é quem mata a caça e traz a carne)
Odè bi ewè (ele nasceu na mata)
Odè lò ké o a pà o eran (O rei que fala mais alto é quem mata a caça e traz a carne)

Odè kí a mò de odè (Nós cumprimentamos o Rei caçador pois o conhecemos)
Odè kí a mò de odè (Nós cumprimentamos o Rei caçador pois o conhecemos)
Odè aréré (Salve o Rei caçador)
Odè kí a mò de odè ni ma wó (Nós cumprimentamos e reverendamos o Rei caçador)
Odè ki a mò de odè òòni e (Nós cumprimentamos o Rei caçador. Ele é o Rei da nação Yorubá)

Ago gbo mi rò òsè mi ro (Todos cremos que o nosso ritual é benéfico)
Orò ìmale (Nosso culto é para homenagear e cultuar nossos ancestrais)

O si bodè (Ele é o vento)
E o si bodè (Ele é o vento)
Arolè o si bodè (Arolè é o vento)
E o si bodè (ele é o vento)

O ní dá wó (ele nasceu para caçar)
O ní dá wwó ní ma lè (Ele tem o poder de caçador)
O ní dá wó lè mimó (Ele tem o poder sagrado de caçador)

Ofà mi lò si (Ele usa seu arco e flecha)
Abo wá (Para nos proteger)
Abo wá là abó (Para nos proteger e abrir nossos caminhos)

Alaketu e (Venha ao Reino de Ketu)
Sa lò kun odara (Aceite o convite)
Sa lò kun odara (Aceite o convite)
Sa lò kun odara Arolè (Aceite o convite do Rei de Ketu)
Sa lò kun odara (Aceite o convite)

Ma ba isé isé Ìrokò (Iroko sempre nos ajuda com os trabalhos)
E abo wá e (Ele vem nos amparar)
E abo wá (Ele nos ampara)



Ofà ofà bèru já (O arco e flecha é a sua arma de luta)
Ofà ofà bèru já (O arco e flecha é a sua arma de luta)
Ofà ofà bèru já ni Ibo (Ibo tem um arco e flecha para lutar)
Ofà ofà bèru já lò de (O arco e flecha do caçador é usado para caçar)

Àwa ta pà ta pà rò de (Nós manuseamos a caça que vai morrer, com respeito)
Àwa ta pà ta pà àwo (Nós manuseamos a caça que vai morrer para o culto)
Ará ará a we (Ela tem dono, ela tem dono por isso a tratamos com respeito)

Ajé we lè ajé we lè o dá pà lò si (Cobrimos a cabeça em respeito às bênçãos do ajé (sangue) do animal que cai que é para nos salvar)
Ajé we lè ajé we lè o dá pà lò si (Cobrimos a cabeça em respeito às bênçãos do ajé (sangue) do animal que cai que é para nos salvar)

Kí tí kí tí Ibo alé mi rù wa (cumprimentamos Ibo quem nos salva dos perigos)
Ódá pà we si Ibo (Ibo nos protege durante à noite)
Kí tí kí tí Ibo alé mi rù wa (cumprimentamos quem nos salva dos perigos)
Ale si ko (Ele nos protege dos perigos)

Arolè o inaio ke o ajo (Rei de Ketu, pedimos que ilumine a nossa jornada)
Arolè o inaio ke o ajo (Rei de Ketu, pedimos que ilumine a nossa jornada)
O ní aráiye (Ele ajuda a toda humanidade)
Ke o inaio ke o ajo (Pedimos que nos ilumine em nossa jornada)

O ké arò o ké (Nós te chamamos Oxossi, nós te chamamos)
O ké arò (Nós te chamamos)
Òsè ni bò kun (Ajude-nos em nosso ritual)
Odè aké lem (Caçador, traga a sua força)
Odè ilè (Caçador em nossa casa de santo)
Okè arò, okè (Nós te chamamos)

Omo odè Omo kí kí o yo-jáde (Filho do caçador, apareça para que possamos cumprimentá-lo)
Omo odè Omo kí kí o yo-jáde (Filho do caçador, apareça para que possamos cumprimentá-lo)

Omo odè odè yio ajadi we lè (Filho do caçador, tocamos o adja e danamos em sua homenagem, caçador)
Omo odè odè yio ajadi we lè (Filho do caçador, tocamos o adja e danamos em sua homenagem, caçador)



Siré, siré (Festa, festa)
Odè ma ta òrè òrè (O caçador sempre confraterniza com os amigos)
Siré, siré (festa, festa)
Já bè lè okè ílò rò odè ma ta àgo lóna (Com sua licença cantamos e pedimos que confraternize conosco e que sua paz nos alcance)

E rere fibo odè Fibo (Odè Fibo é encantador)
Pè rere Afoxé Omo odè (Chamamos o filho do caçador com seu encanto para o Afoxé)

E mò re lè ko lè (Nós conhecemos seu poder sobre a terra)
Omo odè (Filho do caçador)

E odè ma ta (Ele sempre confraterniza)
E odè lè (Ele é um caçador poderoso)
O ní pepe (Ele tem um reino)
Siré, siré (festa, festa)
Odè ma ta òrè òrè (O caçador sempre confraterniza com os amigos)
E jô jô balé (Ele é o chefe da comunidade e dança)
Iná ba ta tó ba lé (A luz do chefe da comunidade ajuda e ilumina a todos)

Aráiye (A humanidade)
Odè aréré oke (Saúda o Rei caçador)
E Òrisà rélo (Ele é um Orixá sedutor)
E oun ofà Akueran (Ele é Oxossi Akueran)

Odè ni tà fasoké (O caçador sempre nos ajda)
Ba lè ode ní tà fasoké (Com seu poder o caçador sempre nos ajuda)

E odè aráiye ode pà ra ká de (O caçador alimenta a humanidade com seus frutos e sua caça)
E odè aráiye ode pà ra ká de (O caçador alimenta a humanidade com seus frutos e sua caça)

E wá wá wá odè ní lè àwa (Caçador venha, venha trazer suas bênçãos para nós)
Odè kí ni jó (O caçador com sua dança nos cumprimenta)

Omo odè lóní (Todo dia é dia do Filho do caçador)
Omo odè oluayè (Filho do caçador é o Senhor do Mundo)

Odè balè já mi rò (Caçador com seu poder de luta acalma tudo e nos ajuda)
Odè balè já mi rò (Caçador com seu poder de luta acalma tudo e nos ajuda)


E sìn ké lè Arolè (Arole nós pedimos a sua ajuda)
E sìn ké lè Arolè (Arole nós pedimos a sua ajuda)

E Arole e ma là ko (Rei de Ketu sempre nos ensina)
E Arole e ma là kó-lekó (Rei de Ketu sempre nos doutrina)

Cantigas de Xirê de Ogum

ÒGÚN
Pà ta ko ri Ògún (Ogun guerreiro toma conta de suas terras)
Ògún Je si je si (Ògún, nos sustente)

Ògún a jo e Mariwo (Ògún se manifeste com o seu mariwo)
Akóró a jo e Mariwo (Akóró, se manifeste com o seu mariwo)
(Akóró – qualidade de um Ogun)
Ògún pà lè pà lona (Ògún mata, tem poder de matar no caminho)
Ògún a jo e Mariwo
E ma tù Ye ye (Vós sempre anima a nossa vida) (animar = reviver)

Àwa sí Iré Ògún o (Abra a nossa gira Ògún de Ire) (Ire = Cidade da Nigéria)
E oun jo jo (Dance conosco)
Awa sí Iré Ògún (Abra a nossa gira Ògún de Irè) (Ire = Cidade da Nigéria)
E oun jo jo e oun je je (Dance conosco, coma conosco)

Ògún ní ta ewe rè (Ògún no fim da tarde quer seu feijão)
Ògún ní ta ewe rè (Ògún no fim da tarde quer seu feijão)
A Òsóòsì ko rí a lódè (Oxossi colhe pra ele, na chuva, lá fora)
Ògún ní ta ewe rè (Ògún no fim da tarde quer seu feijão)
O ni ko tó ile ògún (Ògún é guardião da nossa terra, nossa casa de santo)

Akóró umbo bò silé (Akóró estamos lhe esperando)
A Ògún Meje Iré (Ogun das 7 aldeias de Irè)
Ire Meje Meje

Katakata òbí meje (aqui e lá ele está em 7 lugares)
Òbí meje àna gbod-ó (ele está em 7 lugares tomando conta de todos)
Katakata òbí meje (aqui e lá ele está em 7 lugares)
Òbí meje àna gbod-ó (ele está em 7 lugares tomando conta de todos)
E pà mi Ògún, Ògún pà meje (Ogun mata 7 vezes sem pestanejar, Ogun mata 7 vezes)
E meje mi òsè (Ele faz tudo em 7 dias)

E pé lè já pé lè já (Seu poder nos protege nas lutas)
Ògún Onirè

E Aáké lódè koró oun bè lè (Pedimos que use as suas armas para vencer nossas lutas)
Akóró o Ògún já koró oun bè lè (Ogun Akoro pedimos que nos dê forças e nos ajude a vencer nossas lutas)

Ògún onirè o a koro Onire re gbé de (Ogun Onire pedimos que traga suas dádivas para este lugar e para nós)
Aáké Ogun Onire ore gbé de (Ogun Onire, seu machado atrai forças para nós)

Ògún se kó re nde se kó re (Ogun, corte e nos ensine a cortar, atrair e cortar, nos ensine a cortar)
Ògún se kó re nde se kó re (Ogun, corte e nos ensine a cortar, atrair e cortar, nos ensine a cortar)

E pá ní òbe Ògún pá ní obé (Sua faca mata, Ogun, sua faca mata)
E pá ní òbe Ògún pá ní obé (Sua faca mata, Ogun, sua faca mata)

O ni ko tó (Ele é dono da terra)
O ni ko tó nile Ògún (Ele é o dono da terra e protege a nossa casa)
O ni awa ba já (Ele é um guerreiro)
O ni ko to to ba òbe (Ele é dono da terra e o dono da faca)

Ògún ni kó to wà layè (Ògún é o dono da terra)
Mariwo uá e (Venha com seu Mariwo)
Ògún ni kó to wà layè (Ògún é o dono da terra)

A wá Akóró e lè a rùn (Venha nos ajudar Ogun Guerreiro, com seu poder)
A wá Akóró e lè dun wò (Venha nos ajudar e nos proteger Ogun Guerreiro)
Ae, ae, ae, a wá Akóró e lè dun wò (Venha nos ajudar e nos proteger, Ogun Guerreiro)

Ìjà kwe ìjà kwe ìjà (Batalhe na nossa casa, batalhe na nossa casa, batalhe)
A wá Akóró mi rè (Ogun, venha até nós)

Wá Ogun Meje ilé (Venha à nossa casa de santo Ogun Meje)
Alagba Meje Meje (Senhor Meje, Meje)

E mariwo aso (A roupa dele é de Mariwo)
E mariwo aso (A roupa dele é de Mariwo)

Ògún àgò fi rí rí (Ògun nos dê licença)
Ága dé lò wa de a o (Pedimos que saia de seu reino e venha nos encontrar para que possamos vê-lo)
Ògún àgò fi rí rí (Ògun nos dê licença)

Koró ba ga dá (Lá do alto ele nos ajuda)
Koró ba ga dá (Lá do alto ele nos ajuda)
Ògún ba ga dá e (Lá do alto Ogun nos ajuda)
Ògún ba ga dá (Lá do alto Ogun ajuda)

Ke kí kí àwa Akóró (Nós cantamos para salvar Ogun)
Ke kí kí àwa Akóró (Nós cantamos para salvar Ogun)
....

Cantigas de Xirê de Exú

ÈSÙ
Laaróyè Èsù! (Nos dê entendimento sobre a vida, Exu)

Egba rà bó ago mojuba rà (Tenho fé e peço licença para louva-lo em minha casa)
Egba Kose (Tenho fé, amém.)
Egba rà bó ago mojuba rà (Tenho fé e peço licença para louva-lo em minha casa)
E mó dé ko e ko (Nossa casa está limpa. Proteja a nossa terra)
Egba rà bó ago mojuba rà (Tenho fé e peço licença para louva-lo em minha casa)
Lè gbálè èsù loná (Seu poder exu, limpa o caminho)

Egba rà um be be (Minha fé me alimenta, peço, peço)
Tiriri Lona (Tiriri – Valoroso / Lona – no caminho = Exu que no dá coisas no caminho)
Esú Tiriri
Egba rà um be be
Tiriri Lona
Èsù Tiriri
Elegbara (Bis) (Homem da rua)
Èsù Ajo (Exu da jornada)
A ma ma (Nós sempre, sempre)
Ke o Elegbara (Pedimos a ti Elegbara)
Èsù Ajo (Exu da jornada)
A ma ma
Ke o laaròyè (Clamamos que nos dê compreensão)
Èsù Soroke (Exu que fala alto)
O dara o dara (Ele é justo, ele é justo)
Ba bá ebó (Ajude-nos, acompanhe-nos)
Esú O (Ele é Exú)
Esú Olona (dono da estrada)
Mó forí Gbále (Limpe o que é ruim, varra)
Esú O
Gba rá Lò jí ki (Com minha fé lhe cumprimento)
Esú Lò bi wa (Exu venha até nós)
Ara e e (Faça-se presente)
So so Obé (Fala, fala na faca)
Odara kolobi ebó (Ele é justo e ensina-nos a renascer no ebó)
Laaròyé (Dê-nos compreensão)
Àgiri Esú ma na (Exu está presente no nascer da aurora)
Le lè àgiri (Ele tem força e poder na aurora)
Àjé ma na (Seu feitiço está presente)
Le lè àgiri (Força e poder na aurora)
Fí rò ófè na (Seu assobio é o primeiro a ser ouvido)
Fé na jò (Se manifeste)
Àgiri (na aurora)
Orisa pa ta (Orixá que nos acode mas pode nos matar)
Ago nilé (A humanidade em suas casas pedem auxílio)
Ago nilé mó forí gbále (Livre a humanidade do que é ruim, varra)
Gbà-là ló jù gbà-là (Salve-nos, busque a nossa salvação)
Ló jù gbà-là (Busque a nossa salvação)
Ará legbé (Fique por perto)
Ògó Rum Gò (Te louvamos com o tambor para que não se confunda)
Rum gò (O tambor é inconfundível)
Laaròyé (Dê-nos compreensão).

Ba pàdé olà na e (Esta oferenda servida em prato de barro é para que nos ajude e não nos castigue)
Mojúbà ójisè (Salve exu, o mensageiro)
Àwa se àwo (Alimente-se em nossa casa de santo)
Mojúbá ójisè (Salve exu, o mensageiro)

Elégbára Rewá (Elegbara é bonito)
Àwa se àwo (Alimente-se em nossa casa de santo)

A ji ki rè mi èsù (Nós te acordamos para lhe felicitar, meu exu)
Èsù ka bi, ka bí (Exú que nos acompanha desde o nascimento)


Elégbára Èsù (Elegbara exu que mora no caminho)
Osá rere rere (Nós lhe convidamos)
O ké Sá bára èsù (Nós te chamamos, bom amigo)
O Sá rere rere (Nós lhe convidamos)

Elégbára, elégbara èsù ará ye (Exu Elegbara, exu que mora no caminho)
Elégbára, elégbara èsù ará ye (Exu Elegbara, exu que mora no caminho)

O wá lè se ìlàjà ba àwo (Ele vem com seu poder nos ajudar a harmonizar)
Lè só ri am-nó ìlèkùn (Com seu poder tome conta da nossa entrada)

Èsù a jùmò ma ma ké o (Exu, nós sempre lhe chamamos)
O dara (Você é justo)
Laaróyè èsù (Dê-nos compreensão)
A jùmò ma ma ké o o (Nós sempre lhe chamamos)
O dara èsù àwo (Você é justo exu, nós te alimentamos)

O dara. Lò sóro (Ele é justo. Ouça sua voz)
O dara. Lò sóro loná ( Ele é justo. Ouça a sua voz durante a caminhada)

O di se bá lè pón a o o (Retorne para nos encontrar e nos fortalecer)
O dara. Bá lè só bá (Ele é justo. Ele toma conta e seu poder nos fortalece)

Kòna wù rè já rè o (Te agradamos na encruzilhada, levante-se)
Èsù loná (Exu da rua)

Ajé ba lè a ká ra wó (Este sangue de animal que será derramado aqui é para nos ajudar)
Èsù Soroke

Èsù sórò sórò (Exu, venha participar do culto)
Ajé ba lè a ká ra wó (Este sangue de animal que será derramado aqui é para nos ajudar)

Èsù só Soroke (Exu Soroke tome conta)
Elégbára lè ba àwo (Elegbára, seu poder nos ajuda)
Èsù só Soroke (Exu Soroke tome conta)
Èsù só Soroke ki awo (Exu Soroke tome conta. Nós te cumprimentamos)

Elégbára Vodun
Adja ke de ke de (Tocamos o adja bem alto para lhe chamar)

Èsù lè ba o (Exu, buscamos o seu poder)
Odún lè ba o (Está na hora de usar o seu poder)


A dí kí ba rà bò e mojúbà (Nós tornamos a lhe cumprimentar pela ajuda que recebemos)
Àwa kó jé (Nós somos aprendizes)
A dí kí ba rà bò e mojúbà (Nós tornamos a lhe cumprimentar pela ajuda que recebemos)
Òmowé kó ikó (Senhor, seja paciente em nos ensinar para que nos tornemos bons
Elégbára èsù loná trabalhadores)

Kó ké kó ké o ba rà (Cantamos alto, cantamos alto para que venha nos ajudar com os
trabalhos)
O ba rà ba ba ebo (Venha em nosso auxílio, venha, venha para o ebó)

Iná iná e mojúbà e (O fogo das velas é para te saudar)
E mojúbà (Nós te saudamos)
Ibó mojúbà (No seu altar te saudamos)

E ma wù lè ba na (Você sempre foi agradado primeiro que os outros)
Kórin ti a (Nós cantamos suas cantigas)
E ma wù lè ba na (Você sempre foi agradado primeiro que os outros)
E ma je kí (Nós sempre te alimentamos e cumprimentamos)
Kórin ti a (Nós cantamos suas cantigas)

O loná wa ba rà ketu (Vós que estais no caminho, venha para o Ketu)
O loná wa ba rà ketu (Vós que estais no caminho, venha para o Ketu)

Ketu ketu e (Vós que estais no Ketu, ketu)
Èsù alaketu (Exu, este é o reino de Ketu)

Yemonjá ka ká rè bo (Yemonjá recolhe e alimenta a todos em seu reino)
Èsù ayà abo (Exu também encontra amparo)
Yemonjá ka ká rè bo (Yemonjá recolhe e alimenta a todos em seu reino)
Èsù ayà abo (Exu também encontra amparo)

Vamos Aprender a Cantar o Xirê?


domingo, 14 de outubro de 2012

Poema de Cora Coralina


"Todas as Vidas"

Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé
do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira
do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde
de São-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
-Enxerto de terra,
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo ser alegre
seu triste fado.
Todas as vidas
dentro de mim:
Na minha vida -
a vida mera
das obscuras!

(Cora Coralina)

sábado, 13 de outubro de 2012

As Macumbetes

Não resisti... quase morri de tanto rir!!! Vamos descontrair um pouco??? Vida do Santo também é alegria!!! Sem neuras...
 
 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O Azeite de Dendê

 
 
O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola. .

 
O óleo originário desta palmeira, o azeite de dendê, consumido há mais de 5.000 anos, foi introduzido no continente americano a partir do século XV, coincidindo com o início do tráfico de escravos entre a África e o Brasil.


 
No contexto atual o azeite de dendê é o óleo mais produzido e consumido no mundo, representado 27% de 140 milhões de toneladas de óleos e gorduras produzidas em 2005 e 27% do consumo mundial de 138,4 milhões de toneladas de óleos e gorduras em 2005.


 
Segundo um historiador português, o óleo de dendê tem o cheiro das violetas, o sabor do azeite de oliva e tinge os alimentos com a cor do açafrão, sendo entretanto mais atrativo.
 
Do dendezeiro extrai-se também o vinho de dendê ou vinho de palma, de cor branquicenta, espumante e agridoce, o que se dá por meio de uma incisão na parte superior do espique ou logo abaixo da inserção das espatas do dendezeiro. 


 
Pertencente dos rituais religiosos nos terreiros de candomblé.
A experiência milenar na África e a secular da Bahia são o maior testemunho de que o óleo de dendê é absolutamente compatível com a saúde humana.




 

Curiosidades

• O dendezeiro é a planta produtora de óleo com melhor rendimento. Produz 2 vezes mais óleo que o coco e, 10 vezes mais que a soja. Sua manteiga pode ser usada na fabricação do chocolate em substituição à de cacau.



• A amêndoa de dendê é usada pela farmacêutica doméstica para aliviar edemas das pernas, cólicas abdominais e cansaço das vistas.



• Elaeis guineensis vem do grego e significa “oliva (azeitona) da Guiné”. É comum ver sobre as árvores da espécie frondosas samambaias comensais, que vivem conjuntamente com os dendezeiros, sendo seus hospedeiros, sem prejudicá-los.




O uso do óleo de dendê ou de palma data do tempo dos egípcios. Na África, o dendezeiro consta dos relatos dos primeiros visitantes europeus, como parte integrante da paisagem, dos hábitos e da cultura popular desde o século XV.


No Brasil, as primeiras plantações industriais de dendê datam do início dos anos 1960, na Bahia, e logo após no Pará e Amazonas.


 

 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Bolar no Santo

 
 
 
 "Bolar", ou "cair no santo", é indício da necessidade da futura iniciação. Geralmente acontece quando a pessoa participa de um "toque" e o orixá a incorpora, ainda no estado que os adeptos denominam de "bruto" (ainda não assentado ou "feito"). Bolar, aparentemente, é como desmaiar. Mas o orixá está ali. Tomou a cabeça de seu filho, mesmo contra a vontade deste, cobrando sua iniciação...
 
A "bolação" geralmente acontece enquanto as pessoas cantam e dançam para os orixás, sendo significativa, para a identificação do orixá ao qual a pessoa pertence, a divindade para a qual se cantava quando a pessoa bolou.

Uma vez "bolada" a pessoa é levada para o roncó ou para o quarto de santo, onde será "acordada". Se depois de bolar uma ou mais vezes, a pessoa decidir se iniciar, o zelador consultará o oráculo (jogo de búzios) para determinar que orixá será feito e como.
 
A iniciação do Abian é a preparação do mesmo para que ele possa receber em seu corpo a irradiação do seu orixá, em outras palavras, se inicia o abian para que ele possa principalmente , além de outras coisas, "incorporar" o seu santo. Trataremos de explicar o ritual de iniciação em outro post.
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Vamos Curtir o Ilê!


Amigos, como a nossa grande maioria compartilha de perfis no Facebook, convido a vcs para conhecerem a nova página que criei para o Ilê, com fotos e mais, em pleno vapor de contrução. A cada dia pretendo postar novidades para que possam ficar a par de tudo o que acontece em nossa casa.  É simples, é só digitar " Ilè Asé Òmórisa Ogum" na barra do Facebook e nos encontra. A quem interessar possa, pode adicionar os perfis pessoais deste zelador e desta Ekedy que vos escreve. Conto com você nesta caminhada. Asé.

sábado, 22 de setembro de 2012

Agenda para Outubro de 2012

Em Outubro estaremos realizando um "Almoço de Confraternização" entre os amigos da nossa casa e filhos, no dia 06 de outubro.  Alterações de data serão feitas neste mesmo post, fiquem atentos.



Dia 06 de Outubro: Toque de catiços das 19:00 às 22:00 hs aproximadamente. (aberto)

Dia 20 de outubro: Toque de catiços das 19:00 às 22:00 hs aproximadamente. (aberto)

Dia 27 de outubro: Toque de catiços das 19:00 às 22:00 hs aproximadamente. (aberto)




 

*Os demais finais de semana se destinam aos trabalhos internos do Ilê e consultas de clientes particulares com hora marcada.

*Em trabalhos abertos com catiços, o visitante deve trazer o material do mesmo para a consulta, tais como as bebidas, os cigarros e um maço de velas, de acordo com a Entidade.

*Lembrando que consultas com catiços em particular e jogo de búzios "somente com hora marcada", aos finais de semana durante todo o dia e durante a semana após as 18:00 hs.




 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Nações do Candomblé

 
 
 
 



Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os Yoruba, os Ewes, os Fons, e os Bantus. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes, evoluíram diversas “divisões” ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.

A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:
 
Nagô ou Yorubá
 
Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Língua Yoruba (Yorubá ou Nagô em Português)
 
Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
 
Ijexá principalmente na Bahia
 
Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo
 
Mina-nagô ou Tambor de Mina no Maranhão
 
Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).
 
Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de Bantu, Quicongo e Quimbundo línguas.
 
Candomblé de Caboclo (entidades nativas índios)
 
Jeje - A palavra Jeje vem do yorubá adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca existiu nenhuma nação Jeje na África. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomé e pelos povos mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de “Savê” que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte. Todas essas tribos eram de povos Jeje,(Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo) – língua Ewe e língua Fon (Jeje)
Jeje Mina língua Mina São Luiz do Maranhão
 
As Variações Das Três Nações Jeje, Ketu e Angola
Dos muitos grupos de escravos vindo para o Brasil, 03 (três) categorias ou nações se destacaram:

  • Negros Fons ou Nação Jeje

  • Negros Yorubás ou Nação Ketu

  • Negros Bantos ou Nação Angola
  •  
  • Cada uma dessas 03 (três) nações tem dialeto e ritualística própria. Mas, houve uma grande coligação entre os deuses adorados nessas 03 (três) nações.



  • Na Nação Jeje os deuses são chamados de Voduns
  • Na Nação Ketu, de Orixás
  • Na Nação de Angola, de Inkices
  •  

    (Canto do Aprendiz)