domingo, 6 de janeiro de 2013

Entendendo o Bori

Da fusão da palavra Bó, que em Ioruba significa oferenda, com Ori, que quer dizer cabeça, surge o termo Bori, que literalmente traduzido significa “ Oferenda à Cabeça”. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode-se afirmar que o Bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu Bori é (Iésè órìsà).
Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu Ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido as suas próprias potencialidades. Odú é o caminho pelo qual se chega à plena realização de Orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas dos outros. Cada um, como ensina Orunmilá – Ifá, deve ser grande no seu próprio caminho, pois, embora se escolha o Orí antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida.
Exú, por exemplo, mostra-nos a encruzilhada, ou seja, revela que temos vários caminhos a escolher. Ponderar e escolher a trajetória mais adequada é a tarefa que cabe a cada Orí, por isso, o equilíbrio e a clareza são fundamentais na hora da decisão e é por intermédio do Bori que tudo é adquirido.
A própria cabeça é a síntese dos caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciação (que são únicas e acabam, muitas vezes, configurando-se como sinónimos) começam no Orí.
 Na África, Orí é considerado um Deus, aliás, o primeiro que deve ser cultuado, mas é também, juntamente com o sopro da vida (emi) e o organismo (ese), um conceito fundamental para compreender os rituais relacionados com a vida, como o Axexê (asesé). Nota-se a importância destes elementos, sobretudo o Orí, pelos Orikis com que são invocados.
O Bori prepara a cabeça para que o Orixá se possa manifestar plenamente. Entre as oferendas que são feitas ao Orí uma merece menção especial.
É o caso da galinha de Angola, chamada Etun ou Konkém no Candomblé; ela é o maior símbolo de individualização e representa a própria iniciação. A Etun é adoxu (adosú), ou seja, é feita nos mistérios do Orixá. Ela já nasce com Exú, por isso se relaciona com o começo e com o fim, com a vida e a morte, por isso está no Bori e no Axexê.
Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranquilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao Orí de cada um eleger as prioridades e, uma vez cultuado como deve ser, proporciona-as aos seus filhos.
(O Candomblé)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Agenda para Janeiro de 2013


Dia 06 de janeiro: Toque de catiços  a partir das 16:00 horas. (aberto)


Dia 20 de janeiro: Toque de catiços  a partir das 16:00 horas. (aberto)
 
*Em 2013 os trabalhos abertos com catiços foram transferidos do seu horário de origem e seu antigo dia para DOMINGO a partir das 16:00 horas para melhor se ajustar as necessidades de clientes e filhos da casa, sendo realizados de forma quinzenal, qualquer atendimento fora deste horário será considerado consulta particular.

*Lembrando que em trabalhos abertos com catiços, o visitante deve imprescindivelmente trazer o material do mesmo para a consulta, tais como as bebidas, os cigarros e um maço de velas, de acordo com a Entidade, em caso de dúvidas, ligar.

*As consultas com catiços "particulares" e jogo de búzios  serão "somente com hora marcada", aos finais de semana durante todo o dia e durante a semana após as 18:00 hs. As consultas particulares e jogos serão cobradas, ligar e consultar o valor. Trazer também material da Entidade.


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Mutirão de Reforma do Ilé Asé

Obrigado a todos que indiretamente ou diretamente colaboraram para o início da Reforma em dezembro de 2012 e tornaram possível avanços visíveis em sua estrutura.  Baba Wender